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Oliver Sacks de 5 a 7

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Terminei de ler Oliver Sacks sobre a descoberta da morte batendo à porta e me pus imediatamente a pensar em Agnès Varda. Mais especificamente, um de seus primeiros filmes, Cléo de 5 à 7, de 1962, em que acompanhamos durante duas horas (das cinco às sete, justamente) uma jovem cantora que espera o resultado de um exame; ela tem certeza de que ele virá com a notícia do câncer incurável.

Oliver Sacks é um cientista de 81 anos, com um passado cheio de realizações. Mesmo assim, seu relato altivo e elegante me remeteu a Varda e Cléo. É que ambos tocam no mesmo ponto; um ponto que nos atinge a todos, constantemente, mesmo quando não estamos, nem acreditamos estar para morrer. O filme pode servir para iluminar o que há de mais intenso no breve artigo de Sacks. Graças às sequências filmadas décadas atrás, o texto publicado semana passada ganha uma dimensão ainda mais ampla e uma beleza ainda mais vívida.

Na ficção de Varda como na confidência de Sacks, temos a ocasião de vislumbrar uma nesga da imensidão inerente à vida, tanto maior quanto mais temos a experiência e, claro, a ciência da finitude individual. E aqui devo confessar que esse tema andava mesmo rondando a minha cabeça, tendo revisto há poucos dias o filme de Varda. Posso dizer que, a rigor, estou me aproveitando da metástase de Oliver Sacks, o que à primeira vista pareceria uma atitude vil, mas lembre-se que um dos componentes dessa imensidão, aliás dessa tendência ao infinito, é a possibilidade de fazer na vida coisas aproveitarão a outrem.

Sacks cita Hume sobre a proximidade da morte e a vontade de viver: nunca tanta disposição física, tanta curiosidade para os estudos quanto agora, bem pertinho do fim. Uma estranha liberdade, como se a certeza eliminasse a angústia do outro mundo. Junto com ela, Sacks fala de uma estranha capacidade para enxergar a vida passada como uma totalidade, vê-la como nunca foi vista antes, do alto, coerente e completa. Surpreendente serenidade perante o inevitável, que advém quando ele deixa de ser uma especulação existencial e se torna uma data no calendário.

Agnes Varda

Varda não é cientista, não faz citações (não nesse sentido). Ela é artista, faz imagens. Aliás, outro traço que deveria separá-los, mas estranhamente os une, é que, embora ela seja mais velha que ele (tem 86 anos), quando fez o filme contava 34 primaveras. Como eu disse, é um tema universal e ininterrupto. Aos olhos do velho cientista ou da jovem artista, finitude e eternidade, finitude perante a eternidade, finitude ensejando eternidade. Talvez só mesmo diante da morte os finitos reconheçam que são eternos, e eternos só porque são finitos.

Voltando às imagens: sem precisar dizer nada abertamente, o que seria de uma cafonice atroz (tem um ou outro momento assim, a bem dizer), as seqüências do filme expõem com serenidade a dilatação dos sentidos que dão movimento à vida, no instante em que a doença parece sugerir que a vida se resume à unidade frágil do corpo. No táxi, vemos as ruas de Paris que se sucedem diante do pára-brisas (num tempo em que a faixa de pedestres era marcada por semi-esferas de metal que pareciam cascos de tartaruga), enquanto a motorista ouve rádio e as passageiras (a cantora e sua camareira) fazem silêncio.

Como as ruas, as notícias se sucedem. A guerra na Argélia. As declarações de um ministro. Dois ou três faits divers. O cenário perfeito para o enfado. Mas junto com a sucessão de prédios e pequenos engarrafamentos, acompanhando a voz monótona do radialista, segue a personagem, em quem não consigo deixar de ver uma conexão, embora difusa, com tudo que aparece e tudo que é dito. Nem que seja pelo enfado, por uma reação de defesa, um bloqueio. Sem que ela soubesse, tudo aquilo sempre a afetou, como afeta a todos nós.

É claro, são afecções muito diferentes daquelas que povoam o dia-a-dia de qualquer um. Ainda assim, são inextirpáveis delas, porque o que as produz é o dia-a-dia levado ao limite, ao extremo. Se uma briga de casal na mesa vizinha do bar sempre parece algo constrangedor e muitas vezes mesquinho, como parecerá a alguém em conflito com o destino do próprio corpo? E como será para essa jovem mulher com dinheiro, já retratada como consumista e vaidosa, atravessar a cotoveladas um bulevar apinhado de lojas, em que todos os demais se dedicam à atividade do eterno consumo de objetos fugazes – fugazes como a moda que os criou? Um bulevar que ela mesmo deve ter atravessado tantas vezes a passo lento, saboreando as cores, as luzes, os chamados quase convincentes dos vendedores?

A realidade da duração eclode a cada seqüência de Cléo, com seus intervalos rigidamente e cronologicamente marcados. Uma duração que é sempre indefinida, porque remete tanto a memórias e marcas quanto a perspectivas e aspirações, mas em todo caso sempre envolve a percepção, a ação, o desejo da cantora angustiada. Nas suas relações, nas suas escolhas, nos seus caprichos, ela está sempre além das próprias fronteiras porque as partes de sua vida e de seu ser aparecem, se iluminam, pelo contato com o que está fora dela; e é aí mesmo que essas parcelas de realidade aparecem e se iluminam também, junto com ela.

A tal ponto que ela pode chegar a esquecer o que a angustia: porque apaixonou-se por um chapéu, porque um compositor lhe apresentou uma canção adorável, porque uma amiga a levou para o cinema. A visita ao ateliê em que essa amiga trabalha como modelo para escultores, onde o professor corrige com certa impaciência um aluno que não soube representar a curva do quadril. Ela esquece, mas o espectador não. E é no alívio do breve esquecimento, da alegria que sabemos fugaz, que se produz a beleza da narrativa de Varda e, com ela, um sabor a mais na vida como um todo.

É também pelo concurso de estímulos externos que retorna a lembrança do medo, da angústia, do diagnóstico. O chapéu preto, que lhe “cai muito bem”, juízo pronunciado em voz grave. Uma piada do músico que a faz sufocar no próprio apartamento e descambar rua afora. Um galanteador que, inadvertidamente, menciona o início do período de Câncer. Em cada um desses episódios, o alcance da vitalidade de Cléo se contrai novamente, a finitude deixa de ser a janela para um infinito virtual. A duração esmorece e o tempo volta a ser cronológico, uma prisão de sucessões que sufoca a personagem mais do que a angustia.

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Se pudermos fazer do filme de Agnès Varda um pano de fundo para como Oliver Sacks se refere a seu próprio “5 a 7”, o estoicismo do cientista talvez apareça sob uma nova luz, eu diria até que mais intensa. Tem algo a mais do que o mero “cabe a mim agora escolher como viver os meses que me restam; devo viver da maneira mais rica, profunda e produtiva que puder”, que ele diz. Isolado do resto do texto e sem o pano de fundo desse vínculo estreito entre finitude e eternidade, entre duração e tempo, esse trecho seria quase um truísmo – e bastante sintomático da mentalidade contemporânea, com sua ênfase na produtividade. (Note-se que em sua enumeração ele não inclui “compensadora”, “agradável”, “satisfatória”, “alegre”…)

O que tem a mais está adiante: a sensação de estar vivo “intensamente”, que também pode ser traduzido como “intensivamente”, se pensarmos no caráter de contração da finitude e de expansão da virtualidade: é alguém que vê o prazo (cronológico) curto para esticar os braços rumo a um mundo que não tem motivo para limitar-se, e quer esticar seus braços como se fosse um polvo e suas cabeças como se fosse uma Hidra. Cada vez menos cronologia, cada vez mais duração…

Como a passageira do táxi em sua ambígua relação com o noticiário, Sacks também se posiciona, mas intencionalmente, sobre o mundo com seu noticiário e suas politicagens. Diz que não vai mais prestar atenção no que ocorre no Oriente Médio e nos argumentos sobre aquecimento global, não porque tenha tenha deixado de se importar, mas porque essas coisas pertencem a um futuro do qual ele não fará parte. Sacks decidiu manusear a topologia do seu mundo, escolhendo ele mesmo seu formato e seu alcance. Uma eventual questão sobre a viabilidade dessa decisão é estéril, porque o mero gesto de aceitar ou recusar dimensões do mundo é uma expressão de duração, dessa eternidade inerente à finitude.

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Quando Sacks, na esteira de Hume, fala em desprendimento (termo com o qual estou traduzindo insatisfatoriamente “detachment”), ele transmite a idéia de que está deixando um legado e que, quando encontra jovens inteligentes, sente que “o futuro está em boas mãos”. Ele expressa com uma clarividência notável a noção de que sua própria individualidade, sua subjetividade, se podemos dizer assim, está tanto ou mais fora dele (de seu corpo, quero dizer) quanto dentro; ele, enquanto sujeito de um mundo, enquanto alguém que vive – pensa, sente, ama, deseja –, na verdade não é um corpo no espaço, embora sempre atravesse esse espaço do corpo. E seu tempo, naturalmente. Mas se seu tempo terminará certamente, sua duração não necessariamente. Existirá ainda uma porção de subjetividade dele na subjetividade dos outros, nas mãos do porvir, da dita posteridade.

Da mesma maneira, quando ele diz sentir que as mortes dos outros, na sua geração que “está de saída”, são como a perda de uma parte dele mesmo, poderia com até mais razão dizer o oposto: a morte dos outros deixa subsistir desses outros apenas aquilo que eles gravaram e deixaram em nós, nos demais, no mundo. O que não passou pelo outro é o que some.

Ou seja, quando Sacks escreve que os mortos deixam buracos que não podem ser preenchidos, na verdade ele está expressando o oposto: os buracos são seus próprios preenchimentos. Eles têm positividade, subsistência, talvez até mesmo existência. São presenças na forma de marcas, reminiscências, influências, sempre a postos para serem revividas quando alguém as busca e recupera. Essa é a natureza da singularidade absoluta que Sacks expressa ao fim do texto: a singularidade de uma duração, de uma intensividade, de um bailado eterno com o virtual.

Para concluir, volto a Cléo em Paris. Mas antes, um último comentário sobre Sacks. Como é lindo lê-lo a dizer que teve, como escritor e leitor, um “intercourse” especial com o mundo. Termo muito bem escolhido, porque expressa tão maravilhosamente o que pode ser a comunicação como gesto autopoiético e relacional que é usado para se referir ao sexo. Sacks está dizendo que sua relação com o mundo – ou seja, com a vida – foi, para todos os efeitos, carnal. Uma relação de tesão pelo mundo, à qual o mundo responde com tesão. E quando as relações envolvem tesão, elas tendem a criar algo a mais do que os indivíduos que entram nelas. Sacks deixa isso bem claro ao falar de si próprio.

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Agora sim, tenho todos os elementos para concluir com o filme de Varda. O que se pode afirmar, com leveza e alegria, é que a personagem é muito maior, mais viva, mais bela, mais forte, infinitamente mais interessante, ao final de sua jornada do que no início. As duas horas representadas pela cineasta são sem dúvida o principal intervalo da existência de Cléo, o período que mais valeu a pena ou melhor, as penas de caminhar sobre esta Terra.

Em que pese uma escorregada no romantismo barato ao final do filme (uma pena, mesmo…), essa súbita expansão da vida de Cléo perante a morte é resumida na primeira cena, que me parece ser um dos inícios de filme mais brilhantes da história do cinema. Na sala da cartomante, com a câmera fixa acima das mãos das personagens, contemplamos como, em dois minutos, aquilo que parecia ser a consulta de uma menina tola e sonhadora, querendo saber seu futuro amoroso, se transforma no percurso épico de uma mulher angustiada e torturada. É uma reviravolta brutal, executada magistralmente por uma cineasta então ainda iniciante.

Cléo teve de encarar de frente um tempo que lhe parecia curto para aceder à duração. Precisou que fosse rompido seu contato com as coisas do mundo para que o mundo fizesse enfim sentido para ela, tanto em seus objetos quanto em suas relações. Diante dos olhos do espectador, uma pessoa é puxada para além do imediato, esse que é fonte de tantas frustrações, sobretudo à medida que o tempo vai se esvaindo sem avisar.

Oliver Sacks, naturalmente, nunca foi alguém do mero imediato ou do eterno consumo do mesmo. Mas é notável como uma situação semelhante à da personagem de Varda foi o que o incentivou a expressar para o mundo, na imprensa, esse encontro com sua própria duração, no bailado entre finitude e eternidade. Não é por acaso que o texto deixou tanta gente tocada.

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Estratégia Xavante e o líder nato

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Ainda um tema inspirado no cinema. Ainda um documentário. Espero que tenha sobrado alguma paciência para minha falta de imaginação, mas, vamos convir, existem questões que realmente não podem ser deixados de lado. Principalmente quando é alguma a que damos menos atenção do que ela merece.

Fico me perguntando se um filme como Estratégia Xavante tem chance de entrar em cartaz. Acho que não, e vai ser uma pena. Embora trate de índios e, claro, toque na questão indígena, esse filme é agradável e não é panfletário, não é denúncia. Por outro lado, também não é sentimental, nem ingênuo, como a maioria dos filmes sobre povos que o núcleo branco e urbano do mundo se compraz em considerar exóticos.

Fico muito envergonhado de admitir que não guardei o nome do cacique xavante, homem brilhante, um verdadeiro visionário, que concebeu a estratégia que dá o título ao documentário. Para todos os autores de uma literatura que anda tristemente na moda, esse ramo disfarçado da auto-ajuda que trata de liderança e líderes, o velho chefe indígena daria um estudo de caso excepcional. Sem MBA, sem competição interna, sem head-hunter, ele imaginou e pôs em marcha um projeto de enorme coragem e ambição, que pôs sua tribo, recém-descoberta pelos “civilizados”, em contato com o mundo, sem jamais arriscar sua integridade étnica. Ao contrário, foi a resposta rápida do cacique que resguardou a identidade dos Xavantes.

Foi assim: eram inícios dos anos 70. A tribo havia sido “descoberta” pouco mais de vinte anos antes, quando da famosa marcha para o Oeste que ia desbravando o território. Lembra da famosa reportagem de David Nasser e Jean Manzon para O Cruzeiro? Pois é, justamente, eis a tribo. O tal cacique entendeu na mesma hora que a vida não poderia continuar igual. Aquela gente clara e coberta de roupas tinha muito mais recursos que os vizinhos e inimigos Xerentes; o cerrado não seria mais uma vasta área aberta; o território, a língua, a cultura, tudo estava sob ameaça. Convocou-se uma reunião da tribo. O chefe levou a madrugada inteira para convencer seus pares da necessidade de agir, mas conseguiu.

Nos dias seguintes, alguns meninos foram destacados para cumprir a missão mais importante da história da etnia. Um dos exploradores dos anos 50, que havia se tornado amigo da tribo, levou-os para Ribeirão Preto e os fez adotar por famílias amigas. Os garotos aprenderam o português, foram à escola, incorporaram a cultura dos brasileiros. Mas também transmitiram um pouco da sua. Esclareceram, mesmo sem saber o que faziam, uma relação que poderia se pautar pela ignorância e o desprezo, como é o caso na maior parte do Brasil, a respeito da maior parte das tribos.

Os índios são um assunto em que o brasileiro, em geral, quase nunca pensa. É compreensível. O país cresceu, tem cidades enormes, taxas de juros flutuante, estradas e ferrovias clamando por reparos, televisão, geladeira e forno micro-ondas. Para o paulistano, o carioca e os demais modernos, “houve índios no Brasil”, mas enfim, depois chegou Cabral e foi aquele massacre, sem dúvida terrível, mas é coisa do passado, bola pra frente.

É claro que, de tempos em tempos, o assunto volta à baila. Modas, digamos. Em priscas eras, houve o romantismo, José de Alencar, enfim, cada brasileiro deveria se considerar um valoroso Peri. Décadas mais tarde, Darcy Ribeiro, em sua voz mil vezes carismática, tentou que amássemos esses povos, a quem tanto devemos. Mas aí veio o golpe, nada de índio, é “pra frente, Brasil” e ponto final. Agora, faz uns bons vinte anos que Sting passeou pelo mundo com Raoni e, por alguns meses, falou-se tanto em Ianomâmis quanto em futebol, inflação e Vale a pena ver de novo. Depois, o assunto morreu mais uma vez.

Quer dizer, morreu mais ou menos. Nós, nas cidades, é que preferíamos que tudo isso se resolvesse de uma vez, que demarcassem logo as terras, que exterminassem logo todo mundo, que dessem um CPF para cada índio desses e os pudessem para trabalhar na lavoura. A comida está cara e não dá para ter tanta gente e tanta terra alienada do mercado internacional.

Nos jornais, é esse mesmo o tom das matérias. Garimpeiros invadem áreas demarcadas e são flechados; voltam com carabinas e derrubam tudo que se move; os próprios índios compram armas de fogo e revidam sem misericórdia, com suas bermudas coloridas fabricadas na China. Lá de longe, achamos tudo isso muito estranho, como se o Brasil não estivesse entre as maiores economias do mundo, como se esses eventos se passassem em Marte. Acompanhando notícias desse gênero pela televisão de plasma, não é de estranhar a dificuldade em crer que metade do nosso território está entregue à disputa cruenta entre esses povos nus e os miseráveis que o país deixa como sobra: trabalhadores desesperados por um grãozinho de metal, pistoleiros a mando de senadores, jagunços, eles mesmos, que ironia perturbadora, com muito sangue índio nas veias.

Sábio foi o tal cacique xavante, ao perceber que sua tribo era, de longe, a parte mais fraca de uma eventual disputa. Impossível vencer um conflito com toda essa gente. É fazendeiro querendo pasto, é militar vendo invasão estrangeira em todo canto, é a Funai loteada e depauperada, servindo, não raro, a interesses que passam longe dos índios. Daquele grupo de garotos xavantes, quase todos voltaram ao lar para retransmitir o que aprenderam. Os demais prestaram vestibular e, hoje, se dedicam a lutar por sua tribo e pela causa indígena em geral. Resultado: dentre tantos povos dizimados, os Xavantes vão sobrevivendo.

E na última semana, divulgou-se na imprensa que foi feito contato com uma nova tribo, na fronteira com o Peru. As imagens lembram muito as de 60 anos atrás em Mato Grosso: guerreiros assustados, mas firmes, apontando flechas nos arcos tesos contra os aviões, entre as tabas dispostas com esmero na clareira. Voltou-se a falar em índios, vamos ver por quanto tempo. Quanto a mim, enquanto me pergunto o que será dessa nova tribo, fico na torcida para que Estratégia Xavante entre em cartaz.

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